sexta-feira, 20 de julho de 2012

SANTOS-DUMONT.




                       HOJE, 20 de JULHO, ANIVERSÁRIO DE SANTOS-DUMONT
Se vivo, faria 138 anos

É o símbolo maior brasileiro de criatividade, de inovação tecnológica e de persistência no objetivo.

"É impressionante Santos-Dumont ter sido, ao mesmo tempo, o genial inventor, o inteligente construtor dos próprios inventos surpreendentemente simples, eficientes e leves, o corajoso piloto de provas de seus artefatos futuristas inusitados e o competidor vencedor. Mais impressionante ainda é ele não ser devidamente reconhecido por isso.

A PRIMAZIA DO VOO AUTÔNOMO

A principal conquista de Santos-Dumont foi ser o primeiro homem no mundo a voar em aparelho mais pesado que o ar utilizando unicamente os recursos do próprio aparelho, sem auxílios externos (diferentemente dos celebrados irmãos Wright, que eram lançados no ar por maquinária externa).

Foi o primeiro a construir e pilotar avião que, usando apenas os meios de bordo, cumpriu todos os requisitos básicos de voo: táxi, decolagem, voo nivelado e pouso.

Além disso, foi o primeiro que isso demonstrou em público (os irmãos Wright dizem que voaram, mas sem testemunhas). Seu voo pioneiro contou com o testemunho de multidão, a filmagem por companhia cinematográfica e o reconhecimento e a homologação dos órgãos oficiais de aviação da época, ‘L’Aéro-Club de France’ e ‘Fédération Aéronautique Internationale’ -FAI.

O voo histórico aconteceu há 105 anos, em 23 de outubro de 1906, com o 14-bis, em Bagatelle, Paris, França.

domingo, 15 de julho de 2012

Planador.


São características as belíssimas e delgadas asas de grande alongamento, que visam minimizar o arrasto induzido, atingido a máxima eficiencia aerodinâmica.
Os planadores, mais do que outras aeronaves, são construídos com revestimento externo que ofereça o menor atrito possível com o ar. Os primeiros planadores eram construídos de madeira com revestimento em tela. As versões posteriores foram construídas com revestimento estrutural de alumínio, sendo mais leves e esguios. (Brain, 1998). No final dos anos 1960 apareceram os primeiros planadores construídos em Fibra de Vidro (GFRP), revolucionando a performance dos planadores, chegando-se pela primeira vez aos 50:1 de razão de planeio.
Desde os anos 1980, todos os planadores de alto-rendimento passaram a ser construídos quase inteiramente de Fibra de Carbono (CFRP), material que permite peso menor com maior resistência estrutural. Possuem reservatórios de água utilizada como lastro, objetivando aumentar sua carga alar, melhorando assim a penetração da aeronave. O lastro deve ser alijado antes do pouso. Os exemplares de maior envergadura (acima de 25m) atingem razão de planeio de 60:1 ou melhor.

Cockpit:


Painel com sistema integrado via PDA. Enquanto um avião de pequeno porte normalmente não voa mais do que 3 ou 4 horas, um planador em vôo de distância ou em provas de campeonatos , permanece no ar tipicamente por 5 a 7 horas, mas pode chegar a 10 ou 12 horas em voos de records de distância. Por essa razão os planadores tem seus cockpits projetados para o máximo conforto do piloto, podendo também vir equipado com uma instalação sanitária para uso em vôo.
O painel de instrumentos, alem da instrumentação necessária para vôo VFR e do rádio VHF aeronáutico, pode vir equipado com vasta eletrônica embarcada, necessária para competitividade e performance:

_ GPS
_ Moving Map Display (às vezes na forma de um PDA como o iPaq)
_ DFDR-GPS (Digital Flight Data Recorder com GPS, para comprovação de voo)
_ Computador de planeio final
_ Há também sistemas integrados que realizam várias dessas funções, ocupando menor espaço no painel.



Decolagem::
Reboque aéreo
É a forma mais comum de decolagem no Brasil. Um avião especialmente projetado para essa finalidade, reboca o planador até uma altura adequada para o início vôo, normalmente entre 600 e 1000m acima da pista de decolagem. O reboque é feito através de um cabo de comprimento entre 50 e 70 metros que conecta as aeronaves, sendo desligado pelo piloto do planador. Pode também ser desligado pelo rebocador em casos de emergência.

Motoplanador
Cada vez mais popular vem se tornando o motoplanador. Este é dotado de um motor para a decolagem e para minimizar o pouso fora de pistas. Após a decolagem, com o início da subida em térmica, colina, ou onda estacionária, o motor é desligado e escamoteado em um compartimento próprio de forma que a aerodinâmica do desenho original seja mantida.


Decolagem de um Ventus por Guincho:


Uma forma alternativa de reboque é a utilização de um guincho motorizado instalado na extremidade oposta da pista de decolagem que rapidamente recolhe o cabo de reboque, imprimindo velocidade ao planador. O cabo utilizado é equipado com um paraquedas próximo a sua extremidade, mantido fechado pela tensão durante o reboque, abrindo-se após o desligamento do planador, facilitando assim o recolhimento do mesmo.



Voo:

Os planadores se mantém em voo e alcançam grandes distâncias utilizando-se de correntes ascendentes. Veja mais detalhes em Voo à vela.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aviões novos da Anac estão abandonados há dois anos no Rio.


Três AMT-600, de R$ 200 mil, estão sob chuva e poeira desde 2010.
Em MG, outros quatro modelos, comprados pelo antigo DAC, estão sem uso.
Aviões novos, comprados pelo governo federal, estão abandonados há quase dois anos em meio a grama alta, sujeira, pó e insetos. Três modelos de instrução AMT-600 Guri, de propriedade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que, segundo o fabricante, valem R$ 200 mil cada um, estão parados sem abrigo no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, desde setembro de 2010.


Os aviões, de prefixos PR-PAC, PR-WAV e PR-DLS, foram fabricados em 2008, 2009 e 2010, respectivamente, e estão em uma área ao lado do hangar da escola de pilotos Aeroclube do Brasil, descobertos e sem segurança.
Segundo um piloto que viu as aeronaves de perto, o painel de um dos aviões - o de prefixo PR-WAV - mostra que ele tem apenas 11 horas de voo -- o que equivalente ao percurso entre Porto Alegre, local da fábrica, e o Rio.
Mais cinco aviões de instrução Aero Boero, também de propriedade da Anac e comprados cada um por R$ 150 mil na década de 90, estão abandonados no Aeroclube de Juiz de Fora (MG), junto a carcaças e aeronaves com defeitos.

Os modelos AB-115, de prefixo PP-GAR, PP-GCV, PP-GJS, PP-FKT e PP-FHQ, estão em uma área de grama e terra do aeroclube desde novembro de 2004. A última aeronave foi colocada lá em março de 2005, segundo a Anac.
A agência diz que as aeronaves foram adquiridas pelo antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), da Aeronáutica, extinto em 2006, quando a agência foi criada, e foram incorporadas ao patrimônio da Anac. O órgão afirma que ainda estuda a melhor forma de destinação dos modelos para a aviação de instrução.




O último diretor do DAC, brigadeiro Jorge Godinho, diz desconhecer a destinação das aeronaves depois que o órgão foi extinto. Ele lembra que, na época, elas eram compradas pela Aeronáutica e cedidas para aeroclubes buscando incentivar a formação de novos pilotos e mecânicos.

“Em contrapartida, os aviões tinham de ser mantidos em condições aeronavegáveis, pois fiscalizávamos isso através dos nossos serviços regionais”, afirma.

Doação para aeroclubes

O fabricante dos Guris vê como um desperdício o abandono. “Começamos a produzir este modelo a partir de 1986 para o antigo DAC, quando houve uma decisão do governo de substituir o Paulistinha, que era o avião de instrução mais difundido no país, e renovar a frota dos aeroclubes”, lembra o engenheiro Claudio Barreto Viana, presidente da Aeromot (fábrica gaúcha que produz o AMT-600).

“Entregamos os primeiros 17 Guris ao DAC ainda no governo de José Sarney (1985-1990) e depois o modelo sofreu transformações. As autoridades na época decidiram comprar também o Aero Boero, que é da Argentina e era mais barato, buscando fazer parceria com o país vizinho”, recorda Viana.

Um outro contrato, para a venda de mais 20 Guris, foi fechado com o DAC no início da década. As últimas aeronaves foram entregues para a Anac entre 2005 e 2010.

“A Anac resolveu mudar a política de mais de 60 anos do DAC, que era incentivar a formação de novos pilotos através da doação dos aviões para treinamento. Agora, alguns aeroclubes querem comprar, mas, para eles, é quase impossível um financiamento”, diz Viana.

A Anac afirma que uma comissão especial foi criada para fazer um levantamento de todas as aeronaves da agência que estão abandonadas, analisar sua destinação e os procedimentos para que sejam cedidas.

Segundo a agência, os modelos que estão parados no Aeroporto de Jacarepaguá serão transferidos para o pátio do centro de treinamento da Anac, no Rio de Janeiro, mas é necessário autorização da Infraero, empresa que administra os aeroportos, para movimentação.

O G1 fez um questionamento à Infraero sobre o fato desta solicitação já ter sido ou não feita, mas até a publicação desta reportagem não houve resposta.


Sobre a destinação dos Aero Boero abandonados em Juiz de Fora, a Anac diz que notificará o aeroclube, que é “cessionário dos bens”, para que haja a manutenção e colocação em lugar adequado, sob pena de aplicação de sanções.

O presidente do aeroclube, Douglas Fedóceo, diz que está em contato com a Anac em busca de um destino para as aeronaves.

"Eu mesmo notifiquei a Anac em junho de que os Aero Boero estavam me tomando espaço e eu precisava dos hangares para locação. Quando o DAC foi extinto, estes aviões vieram dos aeroclubes do interior. Foram trazidos para Juiz de Fora e Maricá e ficaram aí", afirma Fedóceo.

"Eu não quero mais estas aeronaves, não nos interessa mais a cessão. O acordo era que viria dinheiro para recuperá-las, e isso não ocorreu até agora. A Anac já me respondeu que irá buscar uma solução para o problema: tirá-las de lá ou fazer um leilão", acrescenta o presidente do aeroclube de Juiz de Fora. Segundo ele, apenas três unidades de Aero Boero ainda estão em condições de voo. Há ainda outras sete carcaças ou aviões defeituosos no local.


Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/07/avioes-novos-da-anac-estao-abandonados-ha-dois-anos-no-rio.html
Colaborou Janaina Carvalho, do G1 RJ