segunda-feira, 20 de setembro de 2021

ANUNNAKIS - E SE AS COISAS NÃO FOREM EXATAMENTE, COMO ACREDITAMOS QUE ELAS SEJAM?


 Depois de estudar o Torá por mais de 40 anos, e de anotar tudo o que achava incoerente, ilógico e irracional, eis que me surge um convite para escrever uma HQ/Banda Desenhada sobre os Anunnaki. Confesso que não fazia a menor ideia do que se tratava. Para mim, era só mais uma história de ficção científica, iguais a tantas outras que assisti nos filmes e seriados da TV e cinema.


Entretanto, como sou extremamente inquieto, curioso, detalhista e profissional, decidi buscar tudo o que estava disponível em livros, sites, museus, blogues e vídeos, para aprofundar minhas pesquisas e construir uma história que prendesse os leitores e o meu cliente ficasse satisfeito com o resultado.

E foi assim, que se iniciou uma jornada que me levou aos museus de Jerusalém, Londres, Istambul, Beirute e Cairo (antes do vírus chinês, é claro).



Realmente, eu não tinha a menor ideia do que encontraria pela frente, mas foi uma surpresa impactante; um “soco na boca do estômago” tomar conhecimento dos livros do professor Zecharia Sitchin; das tabuletas sumérias; dos objetos encontrados e expostos; de todos livros que li e não dei muita atenção à época, escritos por Erick Von Danikën, Carl Sagan; das palestras da queridíssima Van Ted; dos cursos da UFO, além de todo material que comecei a estudar para descortinar um horizonte, que eu achava totalmente improvável de existir.

Depois, seguindo a linha de Zecharia Sitchin, e enquanto desenvolvia o roteiro da HQ, decidi fazer uma leitura comparativa, sem uma interferência dogmática, para não repetir os erros de quem está cego pela fé, e acaba defendendo argumentos frágeis. Tudo o que passou a me interessar, desde que decidi aceitar este trabalho, foi descobrir a verdade.

A frase: "CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ", tão citada pelos homens de fé, precisa ser de fato, uma verdade incontestável, ou será mais uma mentira, repetida mil vezes, para ganhar importância e ares de verdade.

Sendo assim, percebi que era chegada a hora de dar um passo à frente, e começar a dissecar o livro do Gênesis/Bereshit, porque é este livro que omite uma parte muito importante da nossa origem, dando lugar à uma construção narrativa que nunca me convenceu e, tenho certeza que é questionada por muita gente, mas que, no fim das contas, eu e todos, acabamos por aceitar, só para não ficarmos mal vistos ou mal quistos por nossos familiares, amigos e as comunidades religiosas que muitos de nós frequentamos (no meu caso, frequentava).

Como escritor, sou obrigado a conviver muito comigo mesmo; a ficar ensimesmado; recolhido no meu lugar secreto; quase um autista vivendo no seu mundo particular. Contudo, para viver desta maneira, aprendi um conceito crucial para suportar de boa a minha solitude: NUNCA MENTIR PARA NINGUÉM, MAS PRINCIPALMENTE, PARA MIM MESMO!

Então, apesar da resistência que me impus, para avançar com este assunto nos primeiros dias, sentindo-me inseguro em alguns momentos, e com a sensação de perder o chão em outros, fiz-me a seguinte indagação, olhando-me no espelho:

“Suponha que você ainda é uma criança, e que ainda não sabe sair do seu berço sozinho, portanto, não sabe que, além do seu mundo, existe um quarto ao lado, e que, além do seu quarto e do quarto ao lado, existem outros quartos, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Mais ainda, além disso tudo que você acaba de descobrir, existe um prédio em frente, com as mesmas características que o seu prédio, com outros apartamentos ao lado e acima do seu, além de outros prédios ao lado desses, e mais outros em outras ruas, com outras pessoas morando neles, e que, além do horizonte existe um mundo para você explorar e, acima de você, existe um Universo cheio de possibilidades."

A resposta que dei à mim mesmo, enquanto me olhava, veio em seguida: VÁ SEM MEDO, E DESCUBRA TUDO ISSO, CARA!

Era chegada a hora de encontrar as respostas, para uma das perguntas que mais fiz à mim mesmo, desde garoto. Era a hora de tentar desvendar um dos mistérios que sempre me incomodou: DE ONDE TODOS NÓS VIEMOS?

E assim, eu fui em frente e abri o Torá, no livro de Gênesis, e o comparei com o Enuma Elish e com o Livro Perdido de Enki.

O LIVRO PERDIDO DE ENKI
É uma obra extraordinária, que foi compilada por Zecharia Sitchin, sem dúvida alguma a maior autoridade mundial em assiriologia, tabletes cuneiformes sumérios e Suméria, a mais antiga civilização humana conhecida.

A obra reúne transcrições das tabuletas sumérias (algumas com mais de 6.000 anos de idade) com trechos da Bíblia e de inúmeras outras fontes, para recompor o Livro Perdido de Enki, o que seria a autobiografia escrita pelo criador da raça humana.

Contudo, é imprescindível fazer três observações, para que o leitor não descarte a obra de imediato, achando-a um devaneio de Zecharia Sitchin: A primeira, é que os sumérios conheciam tão profundamente a ciência astronômica, que chegavam inclusive a perceber a composição dos planetas após Saturno (Urano, Netuno e Plutão), astros que só foram descobertos por nossa civilização muito recentemente, quando as sondas enviadas pela NASA confirmaram o que estava escrito nas milenares tabuletas sumerianas. Neste momento, Zecharia Sitchin foi contratado como especialista em assuntos bíblicos. A segunda observação, é que os textos sumérios guardam uma fantástica semelhança com o que está escrito no Torá, especificamente no livro de Gênesis/Bereshit. A terceira, é que o Livro Perdido de Enki, apesar de ser romanceado, guarda em si, vários materiais encontrados que ajudaram para a sua compilação.

É importante também que se esclareça, que o primeiro texto sumeriano foi traduzido por volta de 1.900 d.C., por um estudioso russo que acabou ficando louco com a sua descoberta: era exatamente a narrativa do dilúvio como o conhecemos, porém, com uma importante diferença: no lugar do Deus bíblico, estavam os Anunnaki, alienígenas oriundos do planeta Nibiru e criadores da raça humana... Eu tremi.




Um excerto do texto:

“No Princípio, quando no Acima os deuses dos céus não tinham sido chamados a ser, e no Ki de Abaixo, o Chão Firme ainda não tinha sido renomado, só no vazio existia APSU (o Sol), seu Engendrador Primitivo. Nas alturas do Acima, os deuses celestiais ainda não tinham sido criados; nas águas do Abaixo, os deuses celestiais ainda não tinham aparecido. Acima e Abaixo, os deuses ainda não tinham sido formados, os destinos ainda não se tinham decretado. Nenhum cano se formou ainda, nem terra pantanosa tinha aparecido; o sol, sozinho, reinava no vazio. Depois, mediante os ventos do Sol, as águas primitivas se mesclaram, um hábil e divino conjuro lançou o sol sobre as águas. Sobre a profundidade do vazio, ele verteu um profundo sonho; Tiamat, a Mãe de Tudo, forjou como esposa para si mesmo.”

Já o Enuma Elish, é considerado o mito da Criação babilônica. 
Ele possui originalmente 7 tabletes de argila com escrita cuneiforme, e teve várias cópias na Babilônia e Assíria.



A composição do texto, provavelmente, remonta a Idade do Bronze, nos tempos de Hamurabi ou talvez, o início da era cassita (cerca de século XVIII a XVI a.C.).

A versão da Biblioteca de Assurbanípal data do século VII a.C. e foi descoberta por Austen Henry Layard em 1849 (em forma fragmentada) nas ruínas da Biblioteca, em Nínive (Mossul, Iraque), e publicado por George Smith em 1876.

A PRIMEIRA TABULETA NARRA A CRIAÇÃO DO MUNDO:

"Quando no alto não se nomeava o céu, e em baixo a terra não tinha nome, do oceano primordial Apsu, seu pai; e da tumultuosa Tiamat, a mãe de todos, suas águas se fundiam numa, e nenhum campo estava formado, nem pântanos eram vistos; quando nenhum dos deuses tinha sido chamado a existência...


Já o TORÁ por inteiro, mostra evidências de sua construção composta após 583 a.C., talvez com material proveniente de uma tradição oral anterior. Mas os arqueologistas sugerem que uma porção substancial do Pentateuco seja uma obra do século VII a.C..

Contudo, percebam a semelhança e pasmem-se!






GÊNESIS 1

A Criação

1. No princípio criou Deus os céus e a terra. 2. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.

ATENÇÃO!!!!

14. E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos; 
15. e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi. 
16. Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas. 
17. E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra, 
18. para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 
19. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.

Sim, eu também li no Livro do Gênesis, que no princípio Deus criou os Céus e a Terra. Porém, só no 4º dia, Ele criou o SOL, depois das plantas, que foram criadas no 3º dia, ignorando-se a verdade científica do heliocentrismo e da fotossíntese; bem como, o fato de que, sem o Sol não haveria 1º, 2º e 3º dias, tendo em vista que, os dias e as noites são decorrentes da rotação da Terra. E se isso não fosse incoerente por si só, a partir de Gênesis 2:4, temos outra narração da criação completamente contraditória, separadas no tempo por séculos.

Não vou e não quero discutir isso, sob o ponto de vista da fé, porque fé não se discute, não é um argumento científico e muito menos lógico.
 

* Por que o livro de Gênesis, o Torá, base para a Bíblia Hebraica e Cristã, omitiu os conhecimentos dos sumérios e todas as coisas importantes que eles nos deixaram? E por quê, só agora, depois de muito tempo que foram descobertas é que esses fatos estão sendo trazidos à público? E por quê, as pessoas que têm acesso à todo tipo de informação, negam os fatos e preferem continuar acreditando numa narrativa cheia de imperfeições, para dizer o mínimo?



Créditos: Kito Mello    


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