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É verdade que voar é igual andar de bicicleta: quem aprende, dificilmente esquece.
Mas também é verdade que o ‘feeling’ do voo costuma ficar prejudicado depois de muito tempo sem voar.
Atualmente, estamos em uma situação em que todas as empresas aéreas estão com atividades muito reduzidas, os voos escassearam, e uma multidão de pilotos está parada.
Por outro lado, uma parte dos pilotos continua voando periodicamente, mesmo que com uma frequência muito menor do que gostariam.
Quem são esses que, mesmo com todo esse caos, continuam com possibilidade de praticar o voo, independentemente de estarem na escala diária das grandes linhas aéreas?
São aqueles que, além de pilotarem comercialmente, também participam da aviação leve e desportiva – ramo da aviação que certas autoridades da ANAC vem pisoteando e sufocando sistematicamente há alguns anos.
Na hora de voltar para a cabine dos aviões comerciais, esse grupo de pilotos provavelmente tem vantagens em relação àqueles que dependem unicamente da escala para voar.
Afinal, quem tem à sua disposição um avião experimental, ultraleve, planador, acrobático ou clássico, pode envolver a cabeça e o corpo na atividade real do voo, mesmo em contexto de quarentena.
Só isso já é um motivo suficiente para as autoridades entenderem que aviação leve e desportiva não é a escória da aviação, mas é a base dela.
A ANAC deveria repensar seriamente a forma com que trata esse ramo da aviação, que é um refúgio e hobby de muitos pilotos profissionais, e que indiretamente beneficia a própria segurança dos passageiros que eles transportam nos grandes aviões. Porque esses pilotos não param de praticar o voo, mesmo quando não estão trabalhando.
Creditos : aeromagia
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