1 – Sob o ponto de vista zodiacal
Existe estreita relação mística entre os signos e a renovação anual da natureza, ou seja, eles representam as constantes mortes e ressurreições da natureza, simbolizadas pelo imutável ciclo dos vegetais (lenda da deusa Deméter, dos gregos, ou Ceres, dos romanos) e pela fabulosa Fênix, ave que renasce das próprias cinzas. Há relação, também, evidentemente, com todos os mitos solares de todos os povos (lenda de Osíris, dos egípcios, de Mitra, dos persas, etc.).
Graças a essas relações, os doze signos zodiacais simbolizam, no Rito Escocês, TODO O CAMINHO MÍSTICO PERCORRIDO PELO INICIADO, desde o seu ingresso na Ordem, como Aprendiz, até ao cume de sua trajetória iniciática, no grau de Mestre. As colunas zodiacais, encontradas nos Templos e que possuem, em seu topo, os pentaclos (representações dos signos, com seus elementos e planetas respectivos), simbolizam essa trajetória.
2 – Sob o ponto de vista arquitetônico
No Templo Maçônico, além de outras influências da antiga civilização grega, encontramos os três grandes estilos arquitetônicos da Antigüidade, usados principalmente nos templos, já que A CONSTRUÇÃO DE TEMPLOS FOI A MAIS ALTA EXPRESSÃO DA ARQUITETURA ANTIGA.
Na arquitetura antiga, distinguem-se três sistemas diferentes: os estilos DÓRICO, JÔNICO E CORÍNTIO, cujas denominações foram, durante a Renascença, tiradas da Antigüidade, muito embora elas não possam ser tomadas, literalmente, como específicas de uma determinada região da Grécia antiga, já que o dórico não se limitou, apenas, à região dos dórios, no Continente e no Peloponeso, o estilo jônico, embora tenha florescido na Jônia (com as construções feitas em Mileto, Samos e Dídima), deu origem à ordem atico-jônica no Continente, enquanto que o estilo coríntio, muito posterior aos outros dois, é totalmente semelhante ao jônico, só diferindo na forma do capitel de suas colunas.
COLUNA DÓRICA – Sem base, o aspecto da coluna dórica é o de uma estrutura simples, mas de forma bastante convincente. Considerando-se que a função principal de uma coluna é erguer-se para o alto, suportando um peso, a forma da coluna dórica confirma essa função arquitetônica, para cuja realização, todavia, colaboram alguns recursos sutis, como: o adelgaçamento do fuste (a gradual redução do seu diâmetro, de maneira que, no topo, ela tenha um quarto do diâmetro da parte inferior); o canelado, que divide o corpo da coluna em sulcos e o capital, concretizando a transição da força ascensional do fuste para o peso do entablamento. Sua construção, de formas simples, mas com aspecto de robustez, de força, permitiu que fosse associada, no Templo Maçônico, à Coluna da Força, a Coluna representada pelo 1º Vigilante.
COLUNA JÔNICA – O estilo jônico diferencia-se do dórico, principalmente, por suas colunas que apresentam um fuste mais alto e mais belo, onde existem CANELURAS cavadas profundamente, separadas por LISTÉIS planos, ao invés de arestas vivas. Além disso, a coluna jônica apresenta uma base circular e um complicado capitel, em forma de volutas que se estendem superficialmente, para a direita e para a esquerda. Sua forma está associada, no Templo Maçônico, à Coluna da Sabedoria, representada pelo Venerável Mestre.
COLUNA CORÍNTIA – O estilo coríntio segue todas as demais características do jônico, com exceção do capital, que tem uma rica decoração de folhas de acanto; o nome desse estilo deriva da lenda, segundo a qual o escultor CALÍMACO, teria visto, em Corinto, sobre o túmulo de uma donzela, um cesto (KALATHOS) coberto por folhas de acanto, que cresciam em volta dele (século V a.C.). Por sua beleza inconfundível, a forma da Coluna Coríntia está associada à Coluna da Beleza, representada pelo 2º Vigilante.
As colunas gregas, por serem realmente destinadas à sustentação dos edifícios dos templos, foram associadas aos três dirigentes principais do Templo maçônico (o Venerável e os Vigilantes) porque são eles, simbolicamente, que sustentam o Templo.
3 – As colunas Vestibulares
3 – As colunas Vestibulares
As colunas B e J, do pórtico do templo de Jerusalém, adotadas pela maçonaria, são de outro estilo. São colunas egípcias, com motivos de flores de lótus e folhas de papiro, um rendilhado, uma fileira de pequenas romãs, no capitel, e tendo, sobre ele, dois globos (um em cada coluna), representando, um, a Terra, e o outro, o Universo.
BIBLIOGRAFIA – O Rito Escocês Antigo e Aceito, de José Castellani.
BIBLIOGRAFIA – O Rito Escocês Antigo e Aceito, de José Castellani.
Nenhum comentário:
Postar um comentário